quarta-feira, 21 de novembro de 2012

MERCADO E CIA: ÉTICA NA INTERNET


É interessante ver e acompanhar a evolução do mundo digital. Sem revelar idades, eu sou da era em que o computador era coisa exclusiva pra quem programava. Usuário final, como nós hoje em dia era muito raro ter um computador em casa.
Então, a internet pegou com força total no Brasil, na década de 90. Adorei a história de poder enviar e-mails e me corresponder com pessoas por todo o mundo. E a coisa foi crescendo...



Mas algumas coisas estão regredindo, uma delas é a educação e a ética na hora de escrever um e-mail. Nós recebemos vários e-mails todos os dias com pessoas que não sabem dizer um "bom dia" e já  começam o e-mail já pedindo "oi, eu tenho um blog de moda e queria fazer uma parceria com vocês". Oi? Qual blog? Quem é você e que tipo de parceria você está me propondo? Qual vantagem eu terei em fazer uma parceria com você? Boa tarde pra você também, querida, assinado "eu", com sobrenome, e meus meios de contato. Aonde está o profissionalismo destas "pessoas"? Não é só blogueira não. Existem algumas blogueiras que são extremamente profissionais. Estou falando de gente pedindo emprego, querendo participar dos nossos eventos e concursos ou simplesmente gente que quer dar apenas um "oi". 

Recebemos também muitos pedidos de emprego com o texto inteiro em caixa alta. POR QUE VOCÊ ESTÁ GRITANDO COMIGO? O QUE EU TE FIZ? Pessoas com curso superior, cultas, que querem uma oportunidade e não conseguem escrever um e-mail. Algumas contam tragédias da vida pessoal {tragédia mesmo, tipo falecimento de parentes em massa} e acha que por ela ser tão "coitada" alguém vai dar emprego por pena. Isso não acontece, pelo contrário, quanto mais você expõe a sua vida pessoal, menos interesse o entrevistador vai ter e só vai ter a certeza que não deve te contratar porque você tem problemas demais. E problemas demais na vida pessoal refletem sempre em problemas no trabalho.
Enfim, eu respiro profundo e respondo o e-mail da pessoa... Explico pra ela que eu preciso saber mais informações sobre ela e suas pretensões no cargo que gostaria de ocupar na empresa e que essas informações devem ser encaminhadas para tal pessoa, do departamento tal, no e-mail xyz. Legal, trabalho feito, né? NÃO, a pessoa responde novamente para mim, no mesmo e-mail com 1/3 das informações que eu solicitei. Será que ela não leu o que eu escrevi? Se ela não é capaz de ler o que eu levei mais de meia hora pra escrever, com certeza não vou querer contratar uma pessoa que não cumpre com o que lhe é solicitado. Isso é bem lógico, não? 


E não são poucas pessoas que não lêem as informações que estão em sua frente, gritando, piscando... É muita gente. No Projeto Novos Talentos havia um documento com todas as informações sobre o projeto, disponível para download em nosso site. Nosso departamento de marketing levou mais de 2 semanas para montar o tal do documento. 2 semanas! Muita gente escrevia pra gente perguntando exatamente o que estava no documento (isso na primeira edição). Já na segunda edição, deixamos bem claro que não iríamos responder à perguntas cujas respostas estavam neste documento. O resultado? Recebemos novamente várias perguntas cujas respostas estavam no documento. Por que isso? As pessoas estão acostumadas a ter todas as informações na mão de maneira muito fácil e não são mais capazes de buscar informações por si só. Têm preguiça de ler, interpretar e acabam passando por "burras". É sim, desculpem a palavra, mas é o que parece mesmo. Se você leu este texto até aqui pode-se considerar uma "elite" entre as demais pessoas, pois aos olhos gerais, este texto já parece muito grande (mais de 140 caracteres é muita coisa, né? hehehe) e dá preguiça só de pensar em lê-lo até o final. Se você não colocar uns palavrões e muita coisa interessante, ele não vai ser lido. Quem dirá um texto técnico, com algumas regras como o texto do nosso Projeto.


Outra questão é a ética que tem-se discutido muito ultimamente. Um exemplo é a divulgação de produtos de terceiros (publicidade). Muitos blogs têm divulgado produtos que não tem como dar credibilidade para o que está sendo divulgado. Mas é daí? A blogueira ganhou bastante dinheiro pra fazer isso ou encheu o seu armário com roupas e produtos de beleza.
A questão é que credibilidade é a mesma coisa que confiança. Quando você perde a confiança em alguém, dificilmente vai tornar a confiar na pessoa. E isso é uma questão de ética, pois existem pessoas tão desesperadas para ganhar dinheiro que esquecem dela; e isso acaba sujando seu próprio nome e você perde a credibilidade. Para pessoas de opinião pública como as blogueiras {e até mesmo eu} é muito importante manter sua reputação pois somos formadores de opinião e muitas pessoas confiam e se inspiram no que falamos. Por isso é tão importante não se vender por tão pouco {por mais gordo que o dinheiro pareça a primeira instância}.


Vou explicar melhor: Meu marido sempre me disse que eu deveria procurar por algo que me trouxesse satisfação pessoal, algo de que eu realmente gostasse e que eu não pesasse só no dinheiro que meu negócio iria me trazer. Segui o seu conselho quando fundei a Mantô com a minha sócia. Muitas vezes demora muito para você ter retorno, mas quando você faz algo que gosta o dinheiro vem {e isso também é pauta para o próximo post da seção "Mercado e Cia"}. Opa, peraí, mas o que isso tem a ver com ética? Quando você faz o que gosta, você busca ser o mais ético possível, utilizando as ferramentas que estão disponíveis a seu favor, não em sua vantagem. Quantas fraudes são desmascaradas na internet todos os dias? E-mails que recebemos com propostas irrecusáveis, promoções, cobranças de órgãos públicos, alterações cadastrais do seu banco, etc.? E quantas vezes você já não foi enrolado por um desses mau caráter? 
A internet é cheia de oportunidades e armadilhas, temos que tomar muito cuidado ao lidar com ela, desde os e-mails que enviamos - que podem nos transformar em pessoas que não somos apenas por descuido de ESCREVER DESTA FORMA - até cair em armadilhas de hackers e acabar perdendo informações de uma vida toda.
E o que fazer? Muitas vezes você pode perder uma boa oportunidade em sua carreira por medo de estar caindo em um golpe.  Triste, né? Mas é muito difícil você distinguir sem muita pesquisa o que é uma oportunidade e o que pode ser uma roubada.





Um comentário:

  1. Boa tarde!
    Adorei o seu post! Sou do mesmo tempo que você e a internet e tudo que ela oferece parece muito bonito, muito maravilhoso, mas as pessoas estão se esquecendo de manter os mesmos padrões de comportamento da vida para o virtual.
    Trato meus clientes e qualquer outra pessoa, com muito respeito, mas nem todos pensam assim. Muitas vezes um aperto de mão fala mais do que mil palavras e na internet não temos isso. Enfim, a internet é uma criança e as pessoas que a utilizam precisam aprender a cuidar bem dessa "criança". Desculpe pelo comentário muito longo, mas não resisti!
    Abraços,
    Regiane
    www.bebeca.com.br

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